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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Pregação - Unidade

Pregação completa do Domingo passada pode ser lida aqui: Unidade

Mulher do pastor

A mulher do pastor será a mulher sem nome?


Creio que desvalorizamos muito o papel que a mulher do pastor tem no seio da vida de uma Igreja.
Costuma-se dizer que ela tem de saber tocar piano, ser a presidente do departamento feminino, a responsável pelos lanches da Igreja e outras coisas mais.
Será que a importância da mulher do pastor vê-se aí?
Creio que seria muito redutor e a evidência de um total desconhecimento sobre o ministério da família pastoral.
Pensemos um pouco...
Quem é que atura o pastor quando ele está angustiado/depressivo/ansioso por causa de todo trabalho que envolve o ministério pastoral e pessoal?
Quem é que não tem Sábados para passear com o marido?
Quem é cuida sozinha dos filhos na Igreja para que o pastor possa estar a fazer o seu trabalho?
Quem toma conta dos filhos do pastor quando ele é chamado de urgência para tratar de algum problema?
Quem está atenta aos problemas da Igreja e com a sua sensibilidade ajuda o pastor a ver o que ele sozinho não consegue?
Quem ora diariamente pela vida do pastor?
Quem tem de ouvir coisas quando as pessoas não estão satisfeitas com o pastor?
Quem tem coisas planeadas com o marido e de repente ele tem de sair para ir resolver um assunto delicado?
Quem é que passa pela "sombra" mas na verdade tem um papel importante para que o pastor possa ministrar de uma forma que glorifique a Deus?
Resposta a estas perguntas? A mulher do pastor.
Assim sendo, oremos por estas mulheres. Elas, por vezes, passam por provas mais duras que os pastores.

Dou graças a Deus pela Filipa porque ela tem nome e ainda "melhora" o meu nome.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Devocional

Gálatas 1:24: "E davam glória a Deus por causa de mim".

Pela forma como Paulo vivia e falava as com as pessoas, elas davam glória a quem? A Deus. Por quê? Porque todas as palavras de Paulo, como também toda a sua vida, apontavam à pessoa do nosso bom Deus.
Ele reconheceu – ao dizer “por causa de mim” - que foi usado por Deus como meio para que as pessoas dessem glória àquele que é digno de toda a Glória. Admitiu assim que foi um grande privilégio ser instrumento nas mãos de Deus.

Se as pessoas olharem para a nossa vida e para aquilo que fazemos, irão dar glória a quem?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Graça Irresistível


“Não há um justo, nem um sequer” [1], todo o homem nasce pecador e é integralmente afetado pelo pecado, a sua razão, emoções, vontade, relacionamentos (doutirna da Depravação Total), ele é escravo do pecado, não consegue achegar-se a Deus. O homem no seu estado natural está morto, e morto não se mexe, não reage, não anda. Da mesma forma que, se falarmos a um morto pedindo que ele se levante ele não o fará, assim também se pregarmos o Evangelho a um perdido ele não se converterá por sua iniciativa e decisão, porque está “morto em ofensas e pecados”. [2].
“O pecador é incapaz de abandonar os seus pecados e se voltar a Cristo, para receber graça. (…) responder com fé e arrependimento ao evangelho é algo contrário à natureza dos pecadores”[3].
Neste sentido é necessário que o Espírito Santo intervenha com um chamado especial[4], na medida em que aplica a Palavra de forma salvadora ao eleito. O Espírito de Deus opera uma transformação no coração (regeneração), renova a vontade do pecador e o pecador arrepende-se dos seus pecados e crê. É uma convocação, uma chamada interna que o Espírito faz ao coração do pecador, a qual “é eficaz, invencível e irresistível.”[5]
John Piper define a graça irresistível da seguinte maneira: “A doutrina da graça irresistível significa que Deus é soberano e pode sobrepujar toda a resistência quando quiser. "E todos os moradores da terra são considerados nada; e ele age no exército do céu e entre os moradores da terra segundo a sua vontade; ninguém pode deter a sua mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel 4.35).”[6].
O Espírito Santo aplica a redenção aos eleitos, aspeto esse da salvação que é irresistível ao ser humano. “Quando os calvinistas afirmam que a graça é irresistível, eles querem dizer que o Espírito Santo nunca falha em chamar, regenerar e salvar aqueles que o Pai escolheu e Cristo redimiu.”[7]. Trata-se do momento em que o pecador que está morto, mas foi eleito antes da fundação do mundo, é chamado por uma voz que não só chama mas dá vida, é uma chamada eficaz.
Podem perguntar-se: mas isso não é uma violação da vontade? Não. O morto voltando à vida, será que quer morrer de novo? Os olhos dele são abertos para a sublimidade da Graça incomparável de Deus que ele só fará uma coisa: agarrá-la com tudo o que tem!
 Nós como cristãos somos conclamados a chamar todos aqueles que connosco se cruzam ao arrependimento e à fé. É um chamado externo, que não é eficaz a não ser que o Espírito chame internamente essa pessoa, chamada à qual ele não oferecerá resistência. Não sabemos quem serão aqueles que são chamados eficazmente por Deus, sabemos que somos chamados a pregar o Evangelho a todos, mas podemos ficar descansados que aqueles que o Senhor chamar, esses virão. Esta é uma doutrina que deve nos trazer paz e descanso quanto à nossa evangelização. O nosso trabalho é semear, a nossa preocupação é procurarmos ser o mais fiéis possível ao Evangelho, mas o resto é com Deus, sabendo que se entre os nossos ouvintes estiverem eleitos do Senhor então virão, se não estiverem não virão. Não haverá necessidade de nos martirizarmos se ninguém confessar Cristo como Senhor. Por isso preguemos o Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo com ousadia a todas as pessoas e deixemos os resultados com Deus!

Faro, 14 de janeiro de 2016

Joel Bueche Lopes


[1] Romanos 3.10
[2] Efésios 2.1
[3] Franklin Ferreira e Alan Myatt, Teologia Sistemática, São Paulo: Vida Nova, 2007, p. 806
[4] A doutrina da Graça Irresistível também é chamada de Chamado Eficaz
[5] Franklin Ferreira e Alan Myatt, Teologia Sistemática, São Paulo: Vida Nova, 2007, p. 807
[6] http://www.monergismo.com/textos/graca_irresistivel/graca-irresistivel_piper.pdf
[7] Joel Beeke, Vivendo para a Glória de Deus, São José dos Campos, 2010, p. 121

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Por quem Jesus morreu?

Vamos ver pelo menos 3 versículos para entendermos um pouco mais sobre este aspecto tão importante...

1 João 2:1,2
"Meus filhinhos" - João escreveu para cristãos.

"Estas coisas vos escrevo, para que não pequeis" - Objectivo da carta. Ajudar os cristãos a não pecarem. 

"E, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" - Relembrar que está a falar para cristãos. Jesus é o advogado deles. Ou seja, os cristãos têm dois advogados: Jesus e o Espírito Santo".

"E ele é a propiciação" - Esta palavra é a chave para a interpretação do versículo. Significa isso que Jesus recebeu a Ira de Deus contra o pecador tornando-o inocente perante o grande tribunal. Nesse sentido, a morte de Jesus garante a propiciação, logo não podia ter morrido por alguém que não acreditasse n'Ele. 

"Pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos" - Não só pelos pecados a quem João escreveu a carta.

"Mas também pelos de todo o mundo" - Se João estava a escrever para os cristãos, se a morte de Jesus garante propiciação, logo a palavra "mundo" tem o sentido de todos aqueles que iam se salvar.

Posto isto, devemos afirmar convictamente que Jesus morreu para salvar todo aquele que n'Ele crê. 
Este exercício deve ser feito para todos os versículos que mostrem que "Jesus morreu por todos" ou "Jesus morreu pelo mundo". 

Apenas mais dois versículos para não termos dúvidas...

Actos 20:28 
"Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue."
Tiramos daqui 2 lições: 1º Jesus morreu pela Igreja; 2º O Seu sangue garante resgate e não apenas uma mera possibilidade. 

João 10:15
"Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas."
Jesus dá a Sua vida pelas Suas ovelhas. Logo, não podia ter sido ter por todas as pessoas individualmente. 

Resumidamente... A frase "Jesus morreu por ti" não tem base bíblica. No limite, podemos afirmar que "Na morte de Jesus há lugar para ti" ou então "A morte de Jesus é suficiente para todos mas apenas é eficaz para todos aqueles que n'Ele crêem".